Todos nós falamos da confiança que temos que ter em Deus e
em sua soberania, mas será que isso fica tão visível para nós na prática? Somos
desafiados dia após dia a confiarmos e dependermos dele, mas como reagimos a
isso? Na procura de um emprego, nos estudos e na expectativa ao prestar aquele
curso tão desejado. Ao passarmos por dificuldades, doenças, ou mesmo períodos
difíceis em que as finanças estão cada vez menores. Há inúmeros momentos da
vida que poderíamos colocar aqui. Momentos diferentes, porém, uma mesma
dificuldade: confiar em Deus!
Se olharmos para o livro de Gênesis, veremos que o pecado de
Adão e Eva se deu em um contexto onde eles não confiaram em Deus, ao ponto de
negociarem sua fidelidade. E é isso que temos vivido em várias situações que nos
encontramos, pois ao buscarmos fazer as coisas a partir das nossas forças e
pelos nossos métodos, acabamos negociando nossa fidelidade e optamos por
confiar em nossa humanidade ao invés de dependermos da divindade e soberania de
Deus!
Como Paulo, muitas vezes falamos sobre a grandiosidade de
Deus:
“Bendito e único
Soberano, o Rei dos reis e Senhor dos senhores; o único que possui
imortalidade, que habita em luz inacessível, a quem homem algum jamais viu, nem
é capaz de ver. A ele honra e poder eterno. Amém!”
1 Timóteo 6:15-16
Nossas músicas trazem letras tão profundas quanto às
palavras de Paulo, mas existe uma enorme diferença entre nós e ele: ele
realmente entendia o significado do que estava dizendo.
Paulo nos mostra as situações complicadas em que se
encontrou:
“Cinco vezes recebi dos judeus trinta e nove açoites. Três vezes fui golpeado com varas, uma vez apedrejado, três
vezes sofri naufrágio, passei uma noite e um dia exposto à fúria do mar. Estive continuamente viajando de uma parte a outra, enfrentei
perigos nos rios, perigos de assaltantes, perigos dos meus compatriotas,
perigos dos gentios; perigos na cidade, perigos no deserto, perigos no mar, e
perigos dos falsos irmãos. Trabalhei arduamente;
muitas vezes fiquei sem dormir, passei fome e sede, e muitas vezes fiquei em
jejum; suportei frio e nudez”.
2 Coríntios 11.24-27
Paulo revela todos os momentos sofridos pelos quais passou
para mostrar para a igreja que, se ele quisesse se orgulhar como os falsos
apóstolos, ele poderia, mas um capítulo depois, após mostrar tudo o que passou,
ele diz:
"Por
isso, por amor de Cristo, regozijo-me nas fraquezas, nos insultos, nas
necessidades, nas perseguições, nas angústias. Pois, quando sou fraco é que sou
forte".
2 Coríntios 12.10
Ao contrário do que você pode pensar, Paulo não era um
sadomasoquista. Ele não gostava do sofrimento e nem da dor física, mas ele
entendeu que nesses momentos ele poderia confiar e descansar em Deus. Momentos
em que ele não poderia fazer nada, mas eram esses momentos que mostravam que Deus
pode fazer todas as coisas. Deus permite que passemos por momentos onde nosso
mundo desmorona, para que aprendamos a agarrar em suas mãos de misericórdia e a
descansarmos em seus planos soberanos. Quando entendermos como Paulo, que o
Deus criador, redentor, misericordioso, justo, fiel e verdadeiro tem o melhor
para nós, só então descansaremos nos seus propósitos eternos e saberemos que
quando somos fracos, então é que somos fortes.
É muito fácil dizermos que somos cristãos e acreditarmos na
soberania de Deus e que nela encontramos paz. Difícil é entender o que
realmente significa essa soberania e mesmo andando sobre o vale da sombra da
morte, entendermos que não precisamos temer, pois Deus está no comando, e ele
sempre tem o melhor (Sl 23.4).
Nós aprenderemos sobre a soberania de Deus à medida que
lermos a Bíblia e vermos como Deus guiou, livrou e demonstrou seu amor para com
os seus. Nós aprenderemos a depender, conforme orarmos e identificarmos nossa
inutilidade quanto ao que podemos fazer para que as coisas estejam sobre nosso
controle. Ou seja, uma vida dependente de Deus e confiante em sua soberania faz
parte de uma maturidade cristã, alcançada através de um relacionamento, não
através de uma religiosidade morta, com atitudes superficiais.
“Desde o início faço conhecido o fim, desde tempos remotos, o
que ainda virá. Digo: Meu propósito ficará de pé, e farei tudo o que me
agrada.”
Isaías 46.10
Que possamos conhecer cada vez mais a esse
Deus, para que esse conhecimento se torne prático e faça de nós, cristãos
piedosos que o temem e descansam na sua vontade. Respondendo à pergunta “Até
que ponto devemos confiar em Deus? ”, a resposta é: Em qualquer situação da
nossa vida, pois se ela aconteceu, é porque ele mesmo permitiu e nos dá
condições de passar por ela, debaixo da confiança em sua Soberania!
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