Palavras têm poder, algumas, inclusive,
param até o tempo. Em especial: prova,
feriado e ordem. A primeira porque causa
desespero, a segunda alívio e a última, no mínimo, uma careta. O simples
mencionar de uma obrigação tem, por vezes, causado desconforto para quem fala e
resistência no coração de quem ouve. E isso tem muito a ver com quem somos
hoje, além de distorcer a forma como lidamos com Deus.
Muito da má vontade comum com os valores
(ordens e versículos) de Deus vem de confundir pais, professores e pastores autoritários
com quem Deus é. O problema é que muitos de nós consideramos, mesmo que lá no
fundo, a Bíblia como a linha limite da liberdade. Algo como o estraga prazer, a
espalha rodinha ou alguém que diz não pelo simples prazer de mandar acabar com
a festa.
Por acaso o mundo, o nosso país ou a sua
casa não seriam lugares melhores de viver se obedecêssemos nem que fosse aos
dez mandamentos? Obedecer é o de menos.
Tem mais gente capaz de enumerar as Kardashians do que cristãos que
saibam quais são os dez, que dirá colocar em prática em um terça-feira
qualquer.
A verdade é que a Bíblia também é um
guia de como viver bem. Quando deixamos de pensar que as Escrituras são o livro
que diz até onde posso ir e percebo que, na verdade, é um manual que traz o
ponto de partida para uma vida que vale a pena,
feita de relacionamentos saudáveis, integridade e contentamento, tudo
muda. Inclusive a disposição de conhecer e entender cada livro, verso e letra.
Deus todo poderoso, santo, justo, único,
amoroso e digno todos os predicados deixou um livro para as suas criaturas
limitadas, imperfeitas e rebeldes. As
Escrituras são o resumo intencional da inteligência e sabedoria que o Deus
perfeito decidiu revelar. Lembre-se, Ele sabe o que é bom para nós e não deseja
nada menos que fortalecer (encorajar, guiar, abençoar) todos aqueles que lhe
dedicam totalmente o coração (IICr 16:9).
É por isso que Oseias diz que o povo
sofre porque não conhece as Escrituras. É por isso que Moisés e o mais sábio
dos homens, Salomão, afirmam que não são
palavras inúteis, mas a própria vida (Dt 32:47; Pv 4:13). O erro dos tempos é
pensar em Deus e na Bíblia como um frio código de regras e não como os
conselhos de um pai amoroso que deseja salvar, conduzir e se relacionar.
Deus não é um déspota que tem caprichos
ou uma lista de tarefas a serem cumpridas, mas alguém que dá diretrizes para um
vida equilibrada (IITm 1:7). Ser cristão não significa dançar menos ou mais,
ver essa ou aquela série e sim ter uma visão correta de si, das Escrituras e do
próprio Senhor.
Eu até entendo quem diz que ¨Deus nos
quer Santos¨ e não felizes, faz sentido e eu mesmo já disse isso. No entanto,
quanto mais conheço a Deus e a Palavra me deparo com uma simples realidade: o
mais feliz resultado da resiliência em obedecer e conhecer é ter a alegria de uma vida que vale a pena.
Loucura é rejeitar tais conselhos e procurar outros caminhos.
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