Páscoa, um tempo tão doce para muitos, é quando as crianças
se alegram em receber seus ovos de páscoa e não somente elas, pois quem não se
sente feliz e amado ao receber um grande ovo de páscoa de alguém? Por fora tudo
muito bonito, como ovos de páscoa, mas o que será que as pessoas realmente
possuem dentro de si?
“Livrem-se do fermento velho, para que sejam massa nova e sem fermento, como realmente são. Pois Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi sacrificado. Por isso, celebremos a festa, não com o fermento velho, nem com o fermento da maldade e da perversidade, mas com os pães sem fermento da sinceridade e da verdade”.
Nós não conseguimos ver com clareza, mas Deus vê ao fundo o
que está dentro do ser humano, e é neste lugar escuro e profundo que vive o
pecado. O pecado é amargo, e Deus ensinou esta verdade ao seu povo quando
exigiu que comessem ervas amargas na Páscoa (Êx 12.8). O povo de Israel também
deveria comer os pães asmos (que são pães feitos sem fermento), pois
simbolizavam que o povo deveria abandonar o pecado do Egito que ainda estava em
seus corações e que poderia crescer rapidamente, como fermento em suas vidas.
“Livrem-se do fermento velho, para que sejam massa nova e sem fermento, como realmente são. Pois Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi sacrificado. Por isso, celebremos a festa, não com o fermento velho, nem com o fermento da maldade e da perversidade, mas com os pães sem fermento da sinceridade e da verdade”.
1 Coríntios 5.7,8
Jesus é a nossa Páscoa, ele é o nosso cordeiro pascal e nos
livra do pecado que leva a morte, como disse João Batista: “Vejam! É o Cordeiro
de Deus, que tira o pecado do mundo” (João 1.29). A Páscoa significa “passagem”
e se refere ao evento em que o Senhor passou sobre as casas dos israelitas e
matou os egípcios em suas casas (Êx 12.27)[1], mas
os israelitas não morreram porque havia o sangue do cordeiro sobre as portas
das suas casas. Da mesma forma o sacrifício de Jesus Cristo, o Cordeiro de
Deus, em nosso favor faz com que Deus não olhe para nós, mas para aquele que morreu
em nosso lugar e derramou seu sangue para nos salvar.
Jesus Cristo foi um sacrifício em
nosso favor e nós fomos salvos para sermos sacrifícios vivos, santos e
agradáveis a Deus (Romanos 12.1). Para nós não há preço que venhamos a pagar
que se compare ao preço que Jesus Cristo pagou por nós na cruz, nenhum
sacrifício é comparável ao que o Cordeiro de Deus fez por nós aos morrer em
nosso lugar. Você entende a profundidade deste sacrifício? A forma como você o
compreende afeta diretamente a profundidade que você tem com Deus em todas as
áreas da sua vida, sendo que a mais importante delas é a sua vida devocional,
em que você investe (jamais gasta) tempo na presença do Pai em leitura da
Palavra e oração.
A Páscoa fala da cruz e foi na amarga cruz
que aprendemos a doçura do sacrifício. Não havia como o sepulcro ficar vazio,
não havia como Jesus subir aos céus e adentrar aos portões celestiais, não
havia como a morte ser vencida, sem Jesus passar antes pela cruz. Não haveria
salvação sem a cruz e muito menos glorificação sem ela. A rude cruz foi
necessária e permanece necessária, pois é em meio à morte que a vida surge, e
todo aquele que perder a sua vida a encontrará.
Jesus dizia a todos: "Se
alguém quiser acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome diariamente a sua cruz e
siga-me. Pois quem
quiser salvar a sua vida a perderá; mas quem perder a sua vida por minha causa, este a salvará”.
Lucas 9.23,24
Siga o exemplo de muitos que viveram pela fé, os quais não
se prenderam aos problemas, limitações e dificuldades, mas olharam além e viram
o Cordeiro, aquele que também pela alegria que lhe foi proposta suportou a
cruz, desprezou a vergonha e se assentou a direita de Deus (Hebreus 12.1,2).
“Assim como houve muitos que ficaram pasmados diante
dele; sua aparência estava tão desfigurada, que ele se tornou irreconhecível
como homem; não parecia um ser humano.”
Isaías 52.14 (cf. Is. 53.2,3).
Veja o Cordeiro de Deus, olhe o exemplo de sacrifício que
ele nos deixou, e por causa disso não canse e nem desanime, mas dia após dia,
tome sua cruz e pague um preço maior por amor à ele (Hebreus 12.3).
Ele sempre soube o que estava planejado pelo Pai. Ele sabia
que na sua última Páscoa (Lucas 22.13-15) não seria mais ele juntamente com sua
família e seu povo que ofereceriam um cordeiro em sacrifício, mas que ele seria
oferecido pelos nossos pecados. O mais impressionante é que neste momento o
Senhor Jesus desejou ansiosamente[2] estar com seus discípulos antes de sofrer, e talvez eles nem se atentaram.
Mais tarde sacrifícios que os discípulos tinham de fazer se tornaram grandes
demais e eles abandonaram aquele que os queria perto e morreria em favor deles.
Não é tão diferente de nós, que às vezes por tão pouco abrimos mão de
princípios da Palavra que anteriormente juramos cumprir com toda convicção.
Quão boa é a graça e a misericórdia! Quão bom é sabermos que
como Pedro o negou e foi perdoado, nós também seremos perdoados! E melhor ainda,
como Jesus restaurou a Pedro da mesma forma seremos restaurados para viver uma
vida de santidade e não de pecado. Se nos exercitarmos em nossos sacrifícios
diários seremos mais parecidos com Jesus, pois carregaremos verdadeiramente a
cruz que nos é dada. E aí então este tomar da cruz diário que era amargo se
tornará cada vez mais doce, pois a doçura de Jesus fará cada vez mais parte de
nós.
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[1] No original grego poderia ser: “desejou desejosamente”. Esta palavra não dá a ideia de um simples desejo, mas um desejo muito forte e profundo.
[2] Para você compreender melhor a Páscoa leia Êxodo 12.
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